Estatuto da Criança do Adolescente completa 22 anos Documento foi sancionado como lei que torna a proteção aos menores prioridade
13/07/2012

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa, nesta sexta-feira (13), 22 anos como lei sancionada, motivado pela criação da Constituição Brasileira de 1988 e de um cenário mundial favorável a este público. Mesmo o Brasil sendo um dos pioneiros no mundo na implantação de um estatuto específico para estas questões relativas e embora as linhas escritas apresentem um cenário ideal de abordagens, especialistas alertam para a dificuldade de aplicação destas normas e, grande parte desta impossibilidade se dá pela falta de conhecimento da população sobre os direitos e deveres nesse âmbito.

“Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente”. É exatamente es­sa citação do artigo 1º que inicia a leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Há 22 anos, o documento foi sancionado como lei que torna o assunto como prioridade absoluta no País. Mas a realidade é que o tema ainda é desconhecido por grande parte da população e que a execução da norma ainda é bastante falha em alguns aspectos. Apesar de, após a sua implantação, vários programas terem sido iniciados em benefício das crianças e adolescentes, o cotidiano demonstra o quão falho o processo pode ser considerado e como os direitos dos menores são feridos constantemente.

O artigo 4º do ECA cita que: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Pode parecer um simples descaso dos responsáveis, mas a cena de crianças nos sinais é violação do Estatuto. Para a coordenadora do Centro Dom Hélder Câmara (Cendhec), Valéria Nepomuceno, o ECA é um instrumento excepcional para resgatar os direitos violados, mas é preciso que sejam implantadas políticas de disseminação dessas leis. “A população deve conhecer o estatuto. A legislação não é somente para quem trabalha na área jurídica, pois somente com conhecimento do assunto, é possível cobrar políticas públicas de qualidade”, aponta.

Já o artigo 5º do estatuto discorre que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. É bem verdade que problemas existem, o maior exemplo disso são as unidades de internamentos, mas, segundo o desembargador da Coordenadoria da Infância e Juventude de Pernambuco, Luis Carlos de Barros Figueirêdo, estes não são por culpa do ECA. “É preciso se investir mais em programas, principalmente em comunidades para evitar essa superpopulação das unidades”, avalia.

O artigo 17º do ECA aponta que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”. Segundo Valéria Nepomuceno, o grande entrave no combate à violência infantil é a morosidade do sistema judiciário, que oferece às vítimas um processo de “revitimização”. “A demora para resolução dos casos acaba se tornando uma tortura e, para amenizar a situação, nós (Cendhec) realizamos palestras para discutir, inclusive, os procedimentos do caso jurídico de cada caso”, revela.

Veja mais notícias
Atletas da ABCC se destacam no Pernambucano de Judô, em Caruaru 18/11/2018

Quatro medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. Esse foi o saldo positivo dos meninos e meninas da Associação Be...

ABCC abre seleção para novos alunos no próximo dia 03 de dezembro 12/11/2018

Entre os dias 03 e 05 de dezembro, estão abertas as inscrições para seleção de novos alunos da Associação Beneficente Cr...

1º Festival de Artes Marciais Nildo Nery dos Santos exalta legado do fundador da ABCC 12/11/2018

Centenas de crianças de diversas agremiações esportivas e projetos sociais de Pernambuco estiveram reunidas na primeira...

Associação Beneficente Criança Cidadã promove inédito torneio de artes marciais no Recife 07/11/2018

Cerca de 300 atletas, com idades variando dos 6 aos 14 anos, participarão do I Festival de Artes Marciais Nildo Nery dos...

Festa das Crianças reúne alunos da ABCC e da OCC 23/10/2018

A primeira edição unificada Festa das Crianças reuniu alunos da ABCC Sede e dos três núcleos da Orquestra Criança Cidadã...

Atletas da ABCC brilham no 4º Elite Open de Taekwondo 24/09/2018

Uma equipe formada por quatro alunos da Associação Beneficente Criança Cidadã disputou o 4º Elite Open de Taekwondo, rea...

ABCC Sede realiza campanha de vacinação 12/09/2018

Na ABCC Sede, a quarta-feira (12) foi marcada por uma campanha de vacinação voltada aos alunos e profissionais do projet...

Nota de condolências 09/09/2018

A Associação Beneficente Criança Cidadã, por meio de sua presidente, Myrna Targino, vem expressar à imprensa e à socieda...

Associação Beneficente Criança Cidadã abre as portas para curso de treinamento de caratê 03/09/2018

A sede da Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC), no Cordeiro, sediou um curso de treinamento de caratê no último...

Newsletter
zaite
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site.
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

ABECC - Política de Privacidade

Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos projetos gerenciados pela ABECC.

As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas apenas para fins de comunicação de nossas ações.

O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar diretamente o usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como geolocalização, navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações sobre hábitos de navegação.

O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a confirmação do armazenamento desses dados.

O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus formulários preenchidos.

De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a ABECC não divulgará dados pessoais.

Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a ABECC implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.

fechar