Utilizar chips para controlar frequência na escola fere o ECA, diz especialista
14/11/2012

Desde o dia 22 de outubro, os uniformes da escola CEM (Centro de Ensino Médio de Samambaia) 414, no Distrito Federal, não servem só para identificar os alunos. Graças a um chip fixado nas camisetas, a escola consegue controlar a saída e a entrada dos estudantes do e os pais são informados por SMS se seus filhos têm ou não respeitado os horários.
Para o advogado Guilherme Madeira, professor do Complexo Damásio de Jesus e especialista em Direito da Criança e do Adolescente, a medida pode desrespeitar os direitos dos alunos e invadir a privacidade deles. Segundo Madeira, a prática vai contra o artigo 16 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que regula sobre o direito a liberdade. O especialista observa que seria necessária a existência de uma lei para o uso do chip e, ainda assim, seria possível que o procedimento fosse barrado na justiça, caso um pai ou uma entidade de defesa da criança questionasse a medida.

De acordo com a idealizadora do projeto, a diretora Remísia Tavares, a iniciativa partiu da preocupação dos professores com a quantidade de alunos que iam embora antes do final das aulas.

Remísia explica que a escola discutiu diversos projetos para controlar a freqüência dos alunos, como a mudança do sistema de chamadas e até instalação de catracas, porém os meios não apresentavam um resultado satisfatório. A ideia dos chips surgiu após ela assistir uma reportagem sobre uma escola em Vitória da Conquista, na Bahia, que usava o sistema dos chips. Ainda em fase experimental, o chip foi implantado em uma turma de 42 estudantes do primeiro ano do ensino médio.

“Os professores estavam apresentando muitas queixas a respeito da ausência dos alunos nos últimos períodos. Tentamos diversas medidas para inibir as faltas, mas algumas acabavam interferindo no fluxo das aulas. Esse projeto piloto foi discutido com toda a escola, inclusive com os pais dos alunos”, conta a diretora.

A diretora revela que a escola ainda não fez um balanço para avaliar se o chip aumenta a freqüência dos alunos. Porém, ela afirma que a participação dos pais, após as discussões sobre o inicio da do projeto, aumentou bastante, o que por si só já é um efeito positivo. Remísia ressalta que, caso o pai não concorde com o chip, o seu filho não é obrigado a usá-lo.

Ontem (13 de novembro), foi enviado um relatório ao Conselho de Educação da escola e à Secretaria de Educação do Distrito Federal com os resultados da experiência. Caso o sistema seja aprovado, a fixação dos chips poderá ser ampliada para os 1,8 mil alunos da instituição no próximo ano.

Veja mais notícias
CCJ do Senado aprova infiltração de policiais na internet contra a pedofilia 07/04/2011

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (6) projeto de lei de iniciat...

Seminário Estadual de Pactuação pela Proteção de Crianças e Adolescentes 24/03/2011

"Convidamos V.Sa. para participar do Seminário Estadual de Pactuação pela Proteção de Crianças e Adolescentes no Turismo...

Fim da adoção ilegal 23/03/2011

Há seis dias, a estudante Carmem Lúcia Cavalcanti, 17 anos, descobriu a beleza da maternidade. Ao lado do marido, em um...

Orquestra Criança Cidadã inicia 2011 com Vivaldi 17/03/2011

Os Meninos do Coque começam o ano de 2011 com nova agenda de concertos abertos ao público. O primeiro, uma abertura com...

Rede de Voluntariado da RMR realiza primeiro encontro do ano 14/03/2011

Várias instituições que atuam em Pernambuco em diversos campos da responsabilidade social se reúnem, nesta quinta-feira...

Lar do Nenen: 33 anos de dedicação ao público infantil 02/03/2011

Três décadas de assistencialismo e solidariedade para as crianças de 0 a 3 anos, do Recife e Região Metropolitana. Assim...

Crianças e adolescentes recebem kits 17/02/2011

A sede do Galo da Madrugada, na rua da Concórdia, Bairro de São Jo­sé, foi tomada por crianças e adolescentes de 7 a 17...

Espaço Criança Cidadã realiza evento estético 17/02/2011

O Espaço Criança Cidadã Dom Helder Camara, projeto da Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC), promoveu, na última...

ABCC renova parceria com Projeto Clarear 11/02/2011

Com o propósito de ajudar instituições sociais que auxiliam crianças e adolescentes em situação de risco em Pernambuco,...

Newsletter
zaite
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site.
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

ABECC - Política de Privacidade

Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos projetos gerenciados pela ABECC.

As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas apenas para fins de comunicação de nossas ações.

O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar diretamente o usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como geolocalização, navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações sobre hábitos de navegação.

O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a confirmação do armazenamento desses dados.

O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus formulários preenchidos.

De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a ABECC não divulgará dados pessoais.

Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a ABECC implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.

fechar