Pernambucanos vão para olimpíadas internacionais de Astronomia
22/04/2013

No próximo dia 27 de julho, centenas de estudantes do ensino médio de todo o mundo vão participar da 7ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, que desta vez acontece na cidade de Volos, na Grécia. Um dos cinco representantes brasileiros é a pernambucana Larissa Aquino, 18 anos, estudante de Segurança do Trabalho do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), localizado na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. Larissa foi uma das 200 mais bem colocadas na prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) em 2012 e, portanto, escolhida para fazer o curso preparatório e processo seletivo para a fase internacional deste ano. A estudante foi a única aluna do Norte-Nordeste com nota alta o suficiente para competir e passar cerca de uma semana na Grécia com outros quatro brasileiros para realizar as provas. Todos os outros candidatos são de São Paulo.

O gosto pela astronomia - e não pela astrologia - surgiu pela recorrência de fazer provas das Olimpíadas incentivadas pelo professor de astronomia do IFPE Guilherme Pereira. “Nunca sabemos o potencial dos alunos, então temos que estimular. Às vezes nem mesmo o aluno sabe a capacidade que tem em determinadas matérias”, esclarece Guilherme, ao defender a importância do preparo para as Olimpíadas. “Alunos como Larissa têm qualidade e muitas vezes não têm aquele ‘empurrãozinho’. No exterior, a disciplina muitas vezes é regular, faz parte do currículo, mas no Brasil não. Por isso é tão importante sempre divulgar”, defende o físico.

Segundo Larissa, a vontade de estudar astronomia e participar das Olimpíadas foram surgindo de forma ‘quase aleatória’. “Fiz a minha primeira prova da OBA em 2011, aos 16, e ganhei medalha de ouro. Aí fui fazendo outra prova, outra, outra, e acabei gostando”, afirma a estudante, que hoje em dia pretende fazer vestibular para Física, seguir com a área de exatas e entrar para a academia.

A prova da Olimpíada Internacional consiste em quatro partes em quase uma semana: duas avaliações são teóricas, uma individual e outra em grupo, com os outros quatro representantes de um mesmo país. Em seguida, há uma prova estatística e outra observacional, que envolve análise de estrelas, planetas e manuseio de telescópios. Larissa tem a ajuda do professor Guilherme; sempre que pode, ele tira dúvidas em seu laboratório. .”Os alunos vêm aqui, dou aula com projetores, eles levam apostilas e voltam para tirar dúvidas”, diz ele, reafirmando o apoio constante aos interessados. “É porque eu comecei a estudar astronomia como eles, praticamente sozinho”, conta.

Mas mesmo assim, nem sempre é simples estudar as estrelas. Semanalmente, um grupo observacional se reune no alto da Torre Malakoff, na área central do Recife, para analisar o céu. Larissa confessa que não tem ido muito, mas costumava participar. “Normalmente só os turistas vão lá e quase ninguém divulga estes grupos. Mas lá podemos observar o céu além de ficar estudando pelos livros”, declara.

Bolívia

Além da Olimpíada Internacional, o Brasil e o IFPE também estarão representados nas Olimpíadas Latino-Americanas de Astronomia e Astronáutica (Olaa), a acontecer na Bolívia, pelo estudante de Saneamento Ambiental Marton Paulo dos Santos, 17. “Quando pequeno meu pai ficava me mostrando coisas na internet, então ele foi um dos que me incentivou. Mas na realidade eu só comecei a me preparar para as provas este ano; era meu objetivo conseguir vaga na Latino-Americana, eu só não tinha certeza se conseguiria”, afirmou o adolescente. Ele ainda não sabe o que vai fazer para o vestibular, apenas garante que não vai deixar a área dos números. “Ainda não tenho ideia do que vou fazer como profissional, mas sei que vou continuar em exatas”, planeja.


As viagens dos estudantes são financiadas pelo Governo Federal e patrocinadores. A Olimpíada Internacional de Astronomia acontece a partir do dia 27 de julho na cidade de Volos, na Grécia. Já a edição Latino-americana do evento será sediada pela Bolívia, mas a cidade e as datas ainda não foram divulgadas.Para Guilherme Pereira, o resultado dos estudantes é um retorno muito positivo e ele vibra com as vitórias. “Espero que eles sigam a carreira para me substituírem quando eu me aposentar!”, brinca o professor. Já sério, ele aponta que um dos problemas de falta de incentivo no país é a falta dos profissionais necessários. “Vários espaços no Recife poderiam e deveriam ter um observatório, um planetário. Mas falta pessoal com conhecimento para isso”, acredita.



Fonte: G1

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