"Violinos no Coque" é lançado no Recife O evento ocorreu na Academia Pernambucana de Letras
30/04/2010

O livro que narra a história da Orquestra Criança Cidadã, "Violinos no Coque", foi lançado no último dia 29 de abril, nos jardins da Academia Pernambucana de Letras (APL), instituição que o escritor da obra, Waldenio Porto, preside. A ocasião contou com uma apresentação dos Meninos do Coque, mas o destaque ficou mesmo para o discurso proferido pela jovem violoncelista Jéssica Andrade, primeira aprovada no vestibular. Jéssica dá, agora, os primeiros passos rumo a uma carreira na área do Direito (confira discurso abaixo).

Waldenio Porto homenageou os fundadores do projeto. "Tive essas crianças como fonte de inspiração, mas não poderia deixar de destacar as pessoas que impulsionaram a Orquestra. Elas levaram o projeto longe, com seriedade, persistência e, acima de tudo, com a crença de que esses jovens eram capazes de alcançar patamares tão altos", disse.

A grande diva do teatro pernambucano, Geninha da Rosa Borges, não conseguia definir seu estado de espírito após assistir ao concerto. "Ave Maria, o que dizer? Não há palavras para descrever, especialmente quando a gente conhece quem idealizou o projeto. Achei ótimo".

A felicidade que pairava no local não vinha apenas da audiência. As estrelas da noite, os componentes da Orquestra, também expressaram satisfação ao saber que, agora, eram tema de livro. "Como uma das integrantes, me sinto muito lisonjeada com tudo isso. Vejo que a gente evoluiu, e isso é motivo de orgulho para todos nós", declarou a violoncelista Diana Oliveira.


"Boa-noite!

Hoje prestigiamos a arte de um homem que se compromete com a cidadania. Uma pessoa que se doou a desenhar toda a trajetória do juiz João Targino, do desembargador Nildo Nery dos Santos e do maestro Cussy de Almeida na formação e consolidação da Orquestra Criança Cidadã. O doutor Waldenio Porto uniu Música e Literatura no livro "Violinos no Coque". Como o nome já diz, a obra relata a história do projeto de que eu e mais 129 garotos e garotas fazemos parte. Um projeto que trouxe, realmente, violinos ao Coque.
Agradeço, em nome dos meus colegas da Orquestra Criança Cidadã, a este homem, médico e escritor, atual presidente da Academia Pernambucana de Letras, Waldenio Porto, por ser mais um anjo em nossas vidas. Agradeço por ajudar esse projeto, através da arte literária, a chegar às livrarias, casas e bibliotecas de todo o Brasil.
O livro "Violinos no Coque" é mais do que uma biografia da Orquestra. Ele retrata como a realidade da Comunidade do Coque começou a ser modificada com a existência da Orquestra Criança Cidadã. Como exemplo, ressalto a bolsa de estudos que recebi das Faculdades Integradas Barros Melo, a AESO. Hoje, sou estudante de Direito - mas esse privilégio não será só meu. Graças a uma parceria consolidada com a AESO, qualquer integrante da Orquestra que concluir o Ensino Médio poderá também ingressar na Faculdade, no curso que escolher.

Se somos gratos à Orquestra e aos parceiros por tantas oportunidades, do mesmo modo somos especialmente gratos ao senhor Waldenio Porto. É a partir dele que a nossa história começa a ser lida de outra maneira. Brasileiros e brasileiras enxergarão nossa comunidade com outro olhar, porque também existe potencial e talento no Coque. Afinal, hoje, nesse mesmo Coque, posso dizer que grande parte das 40 mil pessoas que lá residem vêem a Orquestra como um ponto extremamente positivo: somos prova de que existe expectativa de futuro para as crianças e adolescentes da comunidade.

Também agradecemos à Academia Pernambucana de Letras, terceira Academia a ser fundada no Brasil. Sem ela, dificilmente nossos valores culturais e regionais seriam defendidos no campo literário. E, graças a ela, desde o dia 26 de janeiro de 1901 pessoas como o escritor Waldenio Porto recebem apoio para dar continuidade à sua produção nas artes das letras.
"Violinos no Coque" também é um exemplo de união entre as diversas artes a favor do humanismo. É a literatura narrando a música, contando como a melodia pode mudar a vida das pessoas e, mais do que isso, oferecer perspectivas. Eu sou prova dessa mudança, assim como todos os integrantes da Orquestra Criança Cidadã. Parabéns, Dr. Waldenio; parabéns, acadêmicos; parabéns, pernambucanos; mas, acima de tudo, parabéns, Meninos do Coque. Este livro é a nossa história, que continua a ser reescrita.

Muito obrigada."

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