Mortalidade infantil caiu 61,7% no país Brasil subiu nove posições no ranking internacional, mas ainda detém altos índices quando comparado com países desenvolvidos
25/05/2010

A taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7% nas últimas duas décadas, de acordo com estudo divulgado ontem pela revista The Lancet. Embora tenha subido nove posições no ranking internacional, o país ainda permanece na 90ª posição, com índices bem mais altos do que os que são registrados em países desenvolvidos. Os piores indicadores estão nas regiões Norte e Nordeste.

As mortes de crianças na faixa etária 0 e 5 anos no Brasil passaram de 52 por mil nascimentos em 1990 para 19,8 por mil em 2010. A taxa anual de redução entre 1970 e 2010 foi de 4,8%, de acordo com o estudo. Se continuar nesse caminho, o país tem chance de conseguir atingir antes de 2015 uma das metas do milênio: que é reduzir em dois terços a mortalidade infantil.

Para Marcia Furquim de Almeida, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, a melhora dos índices brasileiros é explicada, entre outros aspectos, pela expansão da assistência médica e pela interiorização da atenção básica promovida pelo Programa de Saúde da Família (PSF). Ela destaca ainda a redução da desnutrição e das doenças infecciosas. "Os principais gargalos do país são as regiões Norte e Nordeste, onde estão os piores índices", avalia a professora Almeida.

"Nós, do Ministério da Saúde, e as organizações internacionais que nos monitoram temos convicção de que vamos cumprir a meta até no máximo 2013", diz Adson França, assessor do ministro José Gomes Temporão. Para isso, diz ele, foi firmado um pacto entre o governo federal e os governos estaduais e municipais das Regiões Nordeste e da Amazônia Legal.

"Elegemos 256 municípios dessas regiões como prioridade, pois neles se concentram 50% das mortes", conta França. Entre as estratégias para combater o problema estão a ampliação dos bancos de leite materno, a criação de novos leitos de UTI neonatal e a capacitação de médicos para o acompanhamento da gestação e do parto das mulheres brasileiras.

Apesar do avanço, o Brasil ainda tem um longo caminho para consesguir baixar os seus índices de mortalidade e pelo menos tentar chegar pero de países desenvolvidos, como a Islândia e Suécia, onde a taxa de mortalidade infantil é menor que 3 por mil nascimentos. Também perdemos na comparação com outros países em desenvolvimento, como Chile (6,48 por mil), Argentina (12,8 por mil), China (15,4 por mil) e México (16,5 por mil).

Entre os países com os maiores índices de mortalidade infantil estão Nigéria (168,7), Guiné-Bissau (158,6), Niger (161) e Máli (161). E com as menores incidências são Islândia (2,6), Suécia (2,7), Chipre (2,8) e Itália (3,3).

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