À deriva Barcos que foram utilizados no Projeto Navegar estão "perdidos" e irregularidades estão sendo investigadas pelo Ministério Público
20/10/2010

Em completo estado de abandono. É desta forma que se encontram os barcos utilizados pelos alunos que frequentaram as aulas de vela do extinto Projeto Navegar, que possibilitou aos alunos matriculados na rede pública de ensino de Pernambuco a prática de três modalidades: canoagem, remo e vela. Sucesso de público, o projeto certamente poderia ter rendido mais frutos para o esporte estadual, além do resgate da cidadania para meninos e meninas que até então nunca haviam tido contato com modalidades náuticas. Os problemas em relação ao projeto, porém, vão além da inutilização das embarcações. Viraram alvo do Minstério Público Federal. Datas desencontradas, irregularidades na compra de alimentação e contratação de pessoal fizeram com que o MPF fosse acionado, ainda em 2006. Até o momento não há decisão alguma sobre o assunto.

Alguns garotos que fizeram parte das primeiras turmas até que conseguiram colocação de instrutores nas escolinhas de clubes como o Cabanga Iate Clube e o Sport. Mas o descaso e a falta de comprometimento das autoridades competentes, mais uma vez, paralisaram a iniciativa, que até hoje tem procura por parte do público. E o mais curioso é que ninguém sabe explicar o porquê de equipamentos caros estão sem utilização.

O gerente-geral da secretaria de esportes de Pernambuco, Marcus Sanchez, "ouviu falar" que restam 12 barcos e estão distribuídos em locais diferentes. "Dois estão no Sport, nove em Olinda e outros dois na Liga de Remo. Estamos com projeto próprio para criação de uma garagem de remo na Ilha de Deus, onde pretendemos usar os barcos", adiantou Sanchez, que nesta sexta-feira estará reunido com o secretário de esportes de Olinda, Fernando Ramos, e colocará este assunto em pauta.

Estes noves barcos a que Sanchez se referiu pertencem à classe optimist - inicial da vela - e estão parados na orla de Bairro Novo, em Olinda (nas imediações do antigo Quartel). Dois ex-instrutores do Navegar, Célio José da Silva e José Santiago Oliveira, tentam reativar, por iniciativa própria, um projeto que agregou crianças com idade entre 12 e 15 anos. A falta de uso, inclusive, já causou pequenos estragos. "Os meninos faziam filas enormes para treinar. A gente está pensando em retormar por conta própria", contou Santiago.

Primeiro coordenador do Projeto Navegar, o velejador Ted Monteiro revela que, de fato, alguns barcos podem estar sendo usados na escolinha do Cabanga. "Talvez uns quatro. Confesso que não sei ao certo. Acho até que alguns possam ter se deteriorado com o tempo, pois eles têm vida útil. Fiquei à frente do projeto enquanto Lars Grael estava no comando, como secretário nacional de esportes. Passei uns dois anos e depois saí", comentou Ted.

Ainda de acordo com Monteiro, após o término do contrato de parceria com os Ministérios do Esporte e Educação, não houve interesse do governo estadual, na época, para renovação.


Números

O projeto teve início no governo de FHC, quando o iatista Lars Grael foi convidado para desempenhar a função de secretário nacional de esportes. Lars esteve no Recife para o lançamendo do Projeto Navegar, que teve núcleos espalhados por 33 cidades brasileiras. Anos mais tarde, a iniciativa se transformou, pelo menos aqui no Recife, no Programa Segundo Tempo - Navegar, já na gestão do presidente Lula.

10 optimist
10 canoe (remo)
10 caiaques

*Quantidade adquirida para começo do projeto Navegar

150 era o número de crianças atendidas em cada núcleo do Navegar em Recife e Olinda

6 meses era o tempo de duração as aulas, envolvendo as três modalidades

3 mil é o valor de um barco da classe optimist usado

5 mil é quanto custa um optimist novo

1.500 entre 2 mil é o preço estimado de um canoe usado (depende do seu estado de conservação)

4, 5 mil é o valor de um canoe zero

R$ 500,00 é o valor cobrado por um caiaque usado

R$ 30,00 custa um remo usado

R$ 1,2 mil é quanto vale um caiaque novo

R$ 60,00 é o preço de um remo novo

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