Fim da adoção ilegal Programa Mãe Legal foi lançado pelo Judiciário e PCR para barrar irregularidades nos processos
23/03/2011

Há seis dias, a estudante Carmem Lúcia Cavalcanti, 17 anos, descobriu a beleza da maternidade. Ao lado do marido, em um dos alojamentos da Policlínica e Maternidade Barros Lima, ela cuida da pequena Beatriz Vitória. Esse momento, entretanto, por pouco não ficou só na imaginação, pois, nos primeiros meses da gravidez, ela estava decidida a entregar a criança para adoção ou, até mesmo, abortar. O desejo despertado pela adolescente é mais recorrente do que se imagina. Por isso, tentando evitar irregularidade no processo de adoção, foi criado o programa Mãe Legal, lançado no último dia 18 pelo Judiciário pernambucano e pela Prefeitura do Recife.

Com duração de cinco anos, o projeto tem como objetivo evitar a entrega das crianças a desconhecidos, formalizar estatísticas qualitativas sobre o sistema de nascimento na cidade, além de combater o tráfico ilegal de menores. Para isso, funcionará tanto para mães que manifestam o desejo durante a gestação quanto paraaquelas que só o formalizam depois do parto. "Queremos permitir uma vida saudável às crianças. Hoje, a mulher que decide não cuidar do seu filho é demonizada, o que leva a situações de extrema vulnerabilidade e até ao abandono dos filhos", afirmou o secretário de saúde do Recife, Gustavo Couto.

Baseados no princípio da humanização dos métodos adotivos, o convênio descende de um projeto piloto, criado em 2009, com as exigências da lei 12.010, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Temos uma obrigação legal de oferecer alternativas para a mulher. Desde o começo, tivemos 20 casos atendidos e apenas um foi para adoção. Pois, além de trabalhar focando o fortalecimento do Cadastro Nacional de Adoção, primamos por reintegrar os bebês à família extensa, ou seja, a outros parentes.", explicou o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Hélio Brás Mendes.

De acordo com ele, o principal motivo que leva as mulheres a se precipitarem na decisão de entregar os filhos é a falta de apoio, como aconteceucom Carmem Lúcia. "Havia brigado com o meu namorado e fiquei com medo de criar uma criança só, por isso ia entregar minha filha a um desconhecido. Depois de conversar com outras pessoas, vi que não era certo", disse a jovem. Por não haver formalização, de acordo com o coordenador da Infância e Juventude do TJPE, Luiz Carlos Figueirêdo, muitas crianças acabavam perdendo o vínculo histórico do seu nascimento. "Essa demanda sempre existiu. Faltava orientação. Antes, só tomávamos conhecimento das irregularidades por meio de denúncias. O Mãe Legal abre a possibilidade de medir a qualidade do serviço oferecido nas maternidade e compará-los".

O convênio funcionará em oito maternidades do Recife, com a participação inicial de 205 profissionais. "Estamos, pela primeira vez, criando uma rede integrada para esses casos no Brasil. E já há uma intenção do estado em expandir o convênio para outras cidades do interior", disse o coordenador. Para ser atendida pelo Mãe Legal, é preciso procurar o Núcleo de Curadoria Especiale Proteção à Família, na 2ª Vara da Infância e Juventude ou se dirigir a uma das maternidades participantes.

Veja mais notícias
Curta sobre Olimpíadas Criança Cidadã é concluído 12/04/2016

A unidade do Coque da Orquestra Criança Cidadã recebeu, nesta segunda-feira (11), a reunião de conclusão do documentário...

Mais uma medalha de ouro para o judô da ABCC 07/04/2016

Mais uma vitória para o Núcleo de Judô do Espaço Cultural e Esportivo Criança Cidadã (ECECC), projeto gerido pela Associ...

Judocas representam a ABCC em competição regional 31/03/2016

Uma mistura de ansiedade e orgulho. É o que os selecionados da turma de judô do Espaço Cultural e Esportivo Criança Cida...

Reunião trata nova edição das Olimpíadas Criança Cidadã 30/03/2016

A sede da Orquestra Criança Cidadã recebeu, nesta quarta-feira (30), uma reunião para tratar da realização da 7ª edição...

Atleta da ABCC leva medalha de ouro em campeonato de judô 25/02/2016

Os alunos do Espaço Cultural e Esportivo Criança Cidadã, projeto gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC...

Cantata natalina é embalada pelos alunos do Espaço Criança Cidadã 12/12/2015

Com coral e instrumentos de corda, como violino e violoncelo, os alunos de música do Espaço Criança Cidadã fizeram a abe...

Orquestra celebra Dia da Consciência Negra com apresentações artísticas 20/11/2015

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, a coordenação pedagógica da Orquestra Criança Cidadã preparou um evento para...

Judocas mirins do Espaço Criança Cidadã no pódio do Campeonato Pernambucano de Judô 16/11/2015

O time de judocas do Espaço Cultural e Esportivo Criança Cidadã ocupou, mais uma vez, o pódio do Campeonato Pernambucano...

Premiações marcam o encerramento das Olimpíadas Criança Cidadã 05/11/2015

Em clima comemorativo, as Olimpíadas Criança Cidadã tiveram o seu fechamento na última quarta-feira (4). Troféus de ouro...

Newsletter
zaite
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site.
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

ABECC - Política de Privacidade

Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos projetos gerenciados pela ABECC.

As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas apenas para fins de comunicação de nossas ações.

O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar diretamente o usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como geolocalização, navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações sobre hábitos de navegação.

O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a confirmação do armazenamento desses dados.

O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus formulários preenchidos.

De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a ABECC não divulgará dados pessoais.

Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a ABECC implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.

fechar